
Como ficará a Bolsa de Valores após a crise?
Essa é a resposta que todos querem saber. E eu tenho para te contar. Mas, antes demostrar esse caminho, precisamos entender porque temos um número
Somos o primeiro MarketPlace financeiro do Brasil!
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Saiba o que fazer
Meu nome é Samyr Castro, tenho 37 anos, sou empreendedor há 7 anos, após trabalhar 10 anos em 2 bancos mundialmente conhecidos, no caso Citibank e HSBC.
Após esse período, pedi demissão para abrir a própria empresa e completei 7 anos como empreendedor em 2020.
Essa está sendo minha quarta crise e vou contar como aconteceu cada uma delas. Meu objetivo é tentar te ajudar a ter ideias para sair da crise atual mais rapidamente, ou pelo menos, sofrer menos. Seja qual for o seu negócio.
Além disso, vou compartilhar o que estamos fazendo exatamente agora para sofrer menos com a crise atual.
Vamos lá!
Primeiro, deixa eu me apresentar. Hoje, participo de 3 empresas que oferecem, praticamente, 10 serviços diferentes. Fui fundador da InvestSmart, um dos maiores escritórios da XP Investimentos. A XP, hoje, tem 600 empresas conveniadas e somos a maior empresa da XP em número de escritórios. Já alcançamos a marca de 20 escritórios InvestSmart espalhados pelo Brasil. Apesar de ser o fundador, atualmente não estou mais ligado a InvestSmart, atuando apenas como conselheiro.
Sou CEO da BankRio, o maior marketplace financeiro do Brasil. O que fazemos? Ajudamos o cliente em tudo relacionado à sua vida financeira. Desde organizar seu patrimônio, sucessão, seguros, imóveis, câmbio, empréstimos, enfim, tudo relacionado ao seus ativos financeiros e bens.
Sou, também, sócio de uma gestora de investimentos chamada Fronteira. Temos um Fundo Multimercado distribuído dentro da XP Investimentos como forma de diversificação aos clientes.
Antes de eu começar a contar como foram as outras 3 crises e falar mais da atual, quero deixar uma mensagem a vocês.
Em toda crise, sempre acharemos que a que estamos vivendo é a pior. Transforme todo desespero em horas trabalhadas. E, para te dar tranquilidade, saiba que toda crise tem começo, meio e fim.
Dentro desse texto, vou te mostrar os 5 pensamentos que fazem você sair da crise ou amenizar pelo menos.
Vamos ao que interessa:
Eu abri a empresa no dia 03/08/2012 e ainda trabalhava no banco HSBC como gerente Wealth, ou seja, cuidado dos clientes investidores de uma das maiores agências do Rio de Janeiro.
Eu já havia avisado ao banco que não queria mais aquela vida e que iria sair no segundo semestre. Apesar de não ter planejamento, comecei a executar as coisas, abri a empresa e procurar uma sala comercial.
Percebi que estava atrapalhando fazer as 2 coisas ao mesmo tempo, trabalhar no banco e procurar as salas após o horário comercial, pois os corretores de imóveis relutavam para atender 8, 9 horas da noite, e os proprietários não gostavam de mostrar as salas de noite por ser bem fora do horário de trabalho.
Então, no dia 05 de setembro de 2012 eu pedi demissão e comecei a procurar sala no dia seguinte. Consegui o espaço e assinei o contrato no dia 10/10/2012.
Na época, me pluguei na XP Investimentos para ser um assessor e levar os clientes para aplicar seus recursos através dessa plataforma que veio a se tornar a maior plataforma independente do Brasil e brigar com os gigantes bilionários brasileiros.
E aí que vem a grande primeira crise. Eu não havia feito planejamento financeiro nenhum. Só sabia que eu queria ajudar as pessoas a investirem melhor e não cair nas pegadinhas dos bancos. Recebi apenas a rescisão de trabalho do banco.
Mas, eu não tinha capacidade financeira para aguentar nem 2 meses de contas. Então, pedi a minha avó um dinheiro emprestado para manter o escritório durante alguns meses. Ela não tinha dinheiro, mas deu uma boa ideia. “Samyr, compra o meu apartamento financiado que te empresto o dinheiro. Só para exemplificar, ela tinha um apartamento que valia, em média, uns R$400.000,00”.
Eu pegava um financiamento no banco e dava de entrada R$80.000,00, e financiava o restante no banco. Quando ela recebesse a diferença dos R$320.000,00, ela iria me emprestar R$150.000,00 para eu ter um fôlego financeiro. E, num futuro, quando quitasse, eu devolvia o apartamento para ela. Esse era o acordo.
Acontece que minha avó, na verdade, não tinha um apartamento de R$400.000,00 e sim 2 apartamentos de R$200.000,00, que não sei como ela transformou em um só, um registro, um condomínio, etc.
Porém, o HSBC quando foi fazer a vistoria não aceitou continuar com o financiamento por achar que tinha coisa errada.
Resumindo, fiquei sem dinheiro algum e tinha usado o que eu tinha para estruturar o escritório com mesas, mobílias, etc.
E aí me vi em uma situação bem difícil. Estava sem emprego, pois havia pedido demissão, tinha acabado de alugar uma sala e que iria demorar uns 60 dias para ficar pronta, sem receita, pois ainda não tinha clientes. E essa foi a primeira porrada.
Porém, foi nesse momento que aprendi a primeira lição da crise. Escreva seu pior cenário para saber como e qual será o financeiro necessário para suportar toda a crise. Então, na época eu projetei os custos e despesas de 1 ano de empresa paga que deu no total R$300.000,00.
Pensei, já tenho o número, agora é organizar para tomar esse dinheiro emprestado em algum lugar. Por ter trabalhado em bancos por quase 10 anos, conhecia o sistema dos bancos. Então, tomei empréstimos em 4 bancos e usei todo o cheque especial e empréstimos que haviam para chegar nesse número de, até então, o mágico R$300.000,00.
Com isso, paguei adiantado todas as contas que eu podia para ter a tranquilidade de poder trabalhar para ter dinheiro para as despesas essenciais e poder pagar de volta os empréstimos.
Como os juros no Brasil são abusivos, eu sabia e conhecia o sistema bancário. Deste modo, sabia qual banco e como negociar para não ser uma vítima desse sistema absurdo de juros altíssimos. Eu, simplesmente, não consegui pagar essas dívidas pelos altos juros praticados, que, naquela época, chegavam a 14% ao mês. Comecei a usar somente a conta da empresa e larguei meu CPF para lá.
Lembro que teve um final de semana que cheguei ao patamar de só ter R$155,00 na conta e não ter mais dinheiro nenhum nem cartão de crédito, nem nada. Fiquei tão preocupado que não saí de casa para não correr nenhum risco de dar problema.
Quando cheguei neste ponto, comecei a praticar algo que já fazia, que que era o segundo conceito de quando estiver em crise: trabalhe o máximo que aguentar. Nessa época, fiquei trabalhando 144 dias seguidos até conseguir quitar os empréstimos que eu havia no banco, pois, para mim, era uma honra ter meu cpf e nome limpos novamente. Lembro que, diversas vezes, em um domingo de sol no trabalho, vendo todos irem à praia e pensar: isso vai passar, toda crise passa. Eu tenho que aguentar.
Enfim, após esses 144 dias de trabalho intenso, consegui quitar todos os valores dos bancos com as receitas da empresa. Claro que não paguei os R$300.000,00 nem os juros abusivos, consegui negociar com cada banco e paguei no total R$180.000,00.
Então, aqui vai um resumo dos 2 conselhos até agora em momentos de crise:
A segunda crise veio no mesmo ano que terminou a primeira, em 2013. Sempre pensei que qualquer empresa nunca pode trabalhar com um segmento só ou um só fornecedor. Foi um conceito que sempre tive e não é à toa que hoje estou em 3 ramos diferentes dentro do mercado financeiro, oferecendo mais de 10 serviços diferentes.
E por que isso? Porque, se, caso algum setor tenha problema, você acaba com seu negócio. É o caso agora das empresas de turismo, principalmente, dos autônomos desta área. O que um guia de turismo vai fazer agora? Pelo menos até o final do ano, quase nada.
Eu, apesar de estar no mercado financeiro, estou em diversos segmentos diferentes. Muito difícil todos eles acabarem ao mesmo tempo. Mas, voltando ao assunto, na época, tínhamos 4 serviços diferentes, porém tinha só um destes serviços correspondia a 60% da receita, e os outros 3, representavam 40%. E, para completar, por um discursão com o nosso fornecedor, este nos suspendeu do negócio e nos tirou a gente do segmento.
Eis que, aí, chegamos na terceira lição da crise. Reúna seu time e fale a verdade, a ‘real’, seja transparente. Mostre o pior cenário para que todos se engajem no propósito e te ajudem a sair da crise. Não guarde para você, pelo contrário, abra os números, DRE, fluxo de caixa, estratégia, o que for. Sozinho não vamos a lugar nenhum.
Um ponto muito importante é ter um braço direito da empresa. Eu sou sortudo porque tenho dois braços direitos: o Bruno Hora e o Marcel Navarra.
Foi após essa terceira lição, de ser realista e verdadeiro com o meu time, que um dos meus braços, o Bruno, conseguiu outro fornecedor de um serviço que precisávamos e voltamos a contar com ele um mês depois. Este foi o tempo suficiente para recuperar e para fazer com que a crise não durasse muito tempo.
A terceira crise foi em fevereiro do ano passado. Parece pegadinha, mas é verdade, ela começou no mesmo dia da crise atual. Entre os dias 26 e 27 de fevereiro de 2019.
Sobre essa crise, serei bem sucinto porque não podemos falar dela por segredo de justiça.
Mas, para resumir o que posso falar, imagine você ser responsabilizado por uma coisa que você não teve culpa, nem omissão, nem relação alguma. Um dia, quando eu puder, contarei essa história. Mas, vamos ao que interessa, ao quarto conceito de como sair da crise.
Bem, nessas horas eu lembro do carro Fiat Uno que meu irmão tinha e que me emprestava de vez em quando. Quem já dirigia no ano 2000, vai lembrar que os carros velhos, de vez em quando, tinham um problema de aquecer, coisa que hoje não acontece mais. Problemas de bateria.
Eu me lembro que o carro aquecia ou dava problema de bateria direto e que, na primeira vez que aconteceu comigo, fiquei parado em frente ao carro. Ninguém parava para me ajudar. Mas, quando eu começava a empurrar o carro para que ele voltasse a funcionar e pegasse no tranco, sempre aparecia alguém disposto a ajudar.
Então, o quarto conceito: faça, continue, mostre que você está lutando que sempre vai aparecer alguém para te ajudar.
Na crise que vivenciamos em 2019, apareceram, não só uma empresa grande para salvar a gente, como o time interno inteiro trabalhou incessantemente no Carnaval para salvar a empresa, deixando a curtição da data de lado.
Agora, que já falamos das 3 crises, vamos para a quarta, que pode parecer pior porque ainda estamos nela. Mas, pode ter a certeza, não será a última.
Esta crise parece ser a pior, como sempre digo. Primeiro porque estamos nela e segundo, porque está sendo a primeira nesse modelo.
Nunca vimos algum assim: a economia sendo desligada na tomada porque precisa salvar as vidas das pessoas de um vírus que tem uma transmissão rápida e muito intensa.
Eu considero a situação atual não só como uma crise, mas como a Terceira Guerra Mundial. Veja abaixo o relato do Bill Gates em 2015, que gênio.
É deste ponto que começo a falar do quinto conceito para sair da crise. Hoje, todos estão em casa, vivendo o sistema de lockdown, em que shoppings foram fechados, praias, clubes, tudo. Imagine a gente, no futuro, contando isso aos nossos filhos ou sendo tema das aulas de história. As pessoas vão achar que é 1o de abril.
Com todo essa lockdown, diversos serviços pararam de funcionar e, dependendo do número de dias ou meses que essa situação perdurar, várias empresas vão quebrar. E você vai colocar a culpa em quem? Na China? No Bolsonaro? No governo? No vírus?
A culpa é sua, assim como na vitória a glória também serão suas. Não dá para colocar a culpa em ninguém.
É exatamente daí que vem o quinto conceito: seja criativo e inove o que você está fazendo. Repense na forma que você está fazendo e não espere aparecer um Mandetta (ministro da Saúde) para salvar sua vida, ou mesmo uma vacina para o vírus, ou algum eventual remédio como a cloroquina.
Você tem que seguir o passo a passo abaixo e depois inovar. Abaixo, vou apresentar as cinco ações que estamos fazendo na nossa empresa para que você entenda que pode sair dessa, com muitos arranhões ou poucos ou de maca. É claro que, dependendo do setor de atuação, você vai se machucar mais ou menos, mas acho muito difícil que você morra, se seguir esses conceitos (seja você pessoa física ou jurídica).
O primeiro passo é saber que vai ter que tomar mais risco. Como já dizia o ditado, em crises, uns choram e outros vendem lenços.
Agora, vou contar exatamente o que fizemos em nossa empresa, baseado nesses conceitos e que está fazendo a gente sofrer menos com a crise.
Em primeiro lugar, desenhei meu DRE até o final de 2020. Chamei o time das pessoas que tocam o negócio e atrelamos os salários das pessoas ao faturamento da empresa. Ou seja, se o faturamento cair o salário de todos vão cair ao mesmo tempo.
Juntei o time e mostrei isso, dizendo que vamos demitir poucas pessoas. Nenhuma pessoa muito dedicada foi demitida, apenas pessoas que não estavam mostrando engajamento de 100%. Estou mostrando a todos que estou trabalhando 14 horas por dia, enviando e-mails ao time em horários diferentes e até de madrugada para tentar conscientizar a todos que precisamos nos superar.
Com isso, você vai mostrar que precisa de ajuda e vai atrair mais pessoas que vão te ajudar.
E aí vem a última parte: use da sua criatividade. Vou expor as nossas:
Então, toda semana estamos lançando uma ideia nova com o intuito de atrair clientes novos. Importante dizer que nenhuma dessas medidas eram feitas antes da crise. Começamos exatamente no dia do lockdown.
Ainda dá tempo de você seguir esses passos. É importante saber que, qualquer ideia que tenha, vai precisar do suporte da turma de Comunicação e Marketing Digital. Então, já comece a procurar alguém para te ajudar. “Samyr, mas eu não tenho dinheiro”. Pois é, mas algum risco você vai ter que tomar se quiser sair da crise. Faz parte do mundo do empreendedorismo ou autônomo.
Espero ter contribuído para ajudar você a amenizar e, possivelmente, sair da crise. Abraços!
Para começar o seu planejamento financeiro.
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